O consórcio constituído pela EDP, a Águas de Portugal (AdP) e a LBC venceu um concurso internacional, lançado pelo Governo da Guiné-Bissau e com o financiamento do Banco Mundial, para a prestação de apoio técnico na modernização e reestruturação da EAGB – Electricidade e Águas da Guiné-Bissau. O contrato, com a duração de três anos, vai permitir à estatal gerir de forma mais eficiente os seus recursos e a relação com os clientes de eletricidade e água.
A empresa pública, responsável pela produção, transporte e distribuição de eletricidade e água por todo o país, abastece a zona urbana da capital, Bissau. Estima-se que sirva cerca de 450 mil habitantes, cerca de um quarto do total da população do país.
O apoio do consórcio luso liderado pela EDP vai permitir introduzir melhorias nas redes de distribuição da EAGB e diminuir as perdas de eletricidade e de água, que comprometem atualmente os objetivos da empresa. A equipa vai também ajudar a reestruturar a base de dados da EAGB e a modernizar o serviço ao cliente e o sistema de faturação. No negócio de abastecimento de água vão ser reforçados o tratamento e a análise de qualidade. O contrato inclui ainda apoio na área financeira e na gestão dos recursos humanos.
No final deste projeto, o objetivo é que a EAGB faça uma gestão melhor dos seus recursos, humanos, técnicos e comerciais, e que sirva os seus clientes de forma mais eficiente. Para assegurar um acompanhamento próximo do projeto, o consórcio português irá enviar para a Guiné-Bissau cinco peritos que vão trabalhar em conjunto com a equipa de gestão da empresa. O projeto inclui também uma pool de 13 especialistas qualificados, que irá fazer missões técnicas ao país.
João Marques da Cruz, presidente da EDP Internacional, refere que “este é um desafio muito estimulante para a EDP que, enquanto referência mundial da energia, terá oportunidade de partilhar num país africano de língua portuguesa as melhores práticas do setor. Queremos capacitar a EAGB com o conhecimento e as ferramentas necessárias para alavancar o processo de transformação e modernização da empresa. O projeto tem como principal objetivo, na vertente da eletricidade, garantir o reforço da rede e a melhoria da qualidade de serviço para a população”.
Cláudio de Jesus, presidente da Águas de Portugal Internacional, acrescenta que o “projeto é de extrema relevância para o Grupo Águas de Portugal, uma vez que nos permitirá melhorar as qualificações dos técnicos da EAGB nos próximos três anos, apoiando tecnicamente todas as áreas da empresa, de forma semelhante à que temos vindo a desenvolver noutros países de expressão portuguesa”.
José Pedro Melo, partner na LBC, conclui que “o nosso objetivo é deixar um legado, ou seja, um conjunto de ferramentas e instrumentos que contribuam para o fortalecimento da EAGB enquanto companhia-âncora do país, bem como para o desenvolvimento do povo e das empresas da Guiné-Bissau”.
Este contrato será financiado em cerca de 3,9 milhões de euros pelo Banco Mundial, tendo sido assinado esta quarta-feira (21 de novembro), em Bissau, pelo ministro da Energia, Recursos Naturais e Indústria da Guiné-Bissau e os responsáveis da EDP Internacional, da Águas de Portugal Internacional e da LBC, na presença do primeiro-ministro do país, Baciro Djá.