Aproveitar sinergias
O caso da Câmara Municipal de Cascais, reconhecido com um prémio de Boas Práticas no âmbito do Programa Autarquias Digitais, mostra como devem ser lançadas as condições base para uma Administração mais próxima do Cidadão, pela inovação e abrangência da abordagem.
Foi definida a estratégia de desenvolvimento do setor vitivinícola da Beira Interior, incluindo o plano de negócios, uma análise às cinco adegas cooperativas (nas vertentes de desenvolvimento do mercado, racionalização da produção e melhoria da viticultura). E foi criada a Central de Compras Conjuntas da Beira Interior (que envolveu a caracterização da função compras, o plano de atuação, e o apoio na preparação e acompanhamento da primeira compra).
O projeto, cujos trabalhos foram realizados ao longo de quatro meses, assentou no aproveitamento de sinergias entre os agentes, incluindo a partilha de recursos, o aumento da massa crítica nos mercados de fornecedores e clientes e na definição de estratégias conjuntas para abordar o mercado na comercialização e promoção dos vinhos. Com base no modelo proposto pela LBC procedeu-se ao posicionamento competitivo dentro da UNACOBI e face aos melhores concorrentes do mercado, enquanto se implementava estratégias para aproximar a Beira Interior das melhores práticas.
Na primeira fase foi feita a recolha de informação relevante nas cinco associadas da UNACOBI (as adegas cooperativas da Covilhã, de Figueira Castelo Rodrigo, do Fundão, de Pinhel, e a Cooperativa Agrícola de Beira Serra), que incluiu mais de 50 entrevistas aos responsáveis de topo, bem como o reunir de informação de gestão e análise às demonstrações financeiras.
Foi realizado um benchmarking de experiências internacionais e a casos de sucesso em Portugal, bem como um vasto inquérito aos canais de distribuição (que permitiu averiguar a valorização dos produtos e os fatores-chave de compra). O objetivo? – Desenvolver e coordenar as ações conjuntas das adegas para tornar a Beira Interior a região vitivinícola das Beiras com a maior taxa de crescimento nas vendas de engarrafado, alcançar a categoria de “Região” no mercado nacional e ser uma referência nacional na internacionalização dos vinhos.
Metas estratégicas e objetivos operacionais
O projeto foi suportado em metas estratégicas e objetivos operacionais de modo faseado no sentido de posicionar a Beira Interior no topo das regiões em Portugal, e para consolidar a penetração dos vinhos da região a nível internacional. Foram definidos 17 objetivos operacionais em quatro áreas de intervenção e um conjunto de 16 indicadores de medição do sucesso da operacionalização da estratégia.
Uma das metas passou por reforçar a notoriedade dos vinhos da região através de uma aposta em marketing eficaz, com um aumento de 10% no investimento em promoção nas vendas (com base no benchmark internacional para vinhos de qualidade). As iniciativas institucionais envolveram, por exemplo, a inclusão do vinho e das atividades ligadas ao setor vitivinícola nos percursos e rotas turísticas locais através da articulação entre autarquias, Região de Turismo da Serra da Estrela e operadores turísticos.