Quatro componentes
O modelo tem quatro componentes, integrados entre si: alinhamento estratégico, coordenação operacional, monitorização operacional baseada em business intelligence, e reporte automatizado.
A componente de alinhamento estratégico tem como objetivos:
- Garantir o alinhamento das medidas com os objetivos estratégicos do Plano Tecnológico;
- Analisar a evolução dos indicadores de impacto face às medidas que contribuem para eles;
- Definir níveis de acompanhamento adequados a cada medida;
- Reforçar o alinhamento com outros planos de ação;
- Avaliar processos de causa-efeito
Coordenação operacional
A componente de coordenação operacional tem como objetivos:
- Assegurar o suporte organizacional processual, promovendo a articulação entre entidades envolvidas;
- Assegurar a recolha permanente e fidedigna de informação sobre cada medida;
- Garantir o compromisso e a responsabilização pela execução e pelo reporte
Monitorização
A componente de monitorização tem como objetivos:
- Automatizar a compilação e apresentação de informação sobre a execução das várias medidas;
- Permitir a aferição permanente do estado da execução genérico das medidas e específico de cada uma;
- Sustentar a focalização nas prioridades e atividades críticas;
- Suportar a definição de ações corretivas e a reavaliação permanente das políticas e medidas preconizadas
A componente de reporte e comunicação tem como objetivos:
- Possibilitar um reporte regular e baseado em dados concretos e fiáveis;
- Permitir uma comunicação fluida, permanente e transparente
Modelo de raiz
Para Nuno Cavaco, partner no escritório da LBC em Lisboa, um sistema de monitorização só terá eficácia se estiver suportado antecipadamente por uma definição rigorosa dos objetivos estratégicos a atingir, e pela identificação de indicadores que dependam de dados fáceis de coligir, altamente fiáveis e com relevância para a monitorização.
Operacionalmente, o SM.PT assenta, numa primeira fase, no preenchimento online e descentralizado duma “ficha de medida” por cada Gestor de Medida nos vários Ministérios. Os dados introduzidos alimentam o Sistema de Monitorização que permite a visualização online, a emissão de relatórios analíticos e de pontos de situação pelo Gabinete do Primeiro-ministro, pelos Gabinetes de todos os Ministros, pelos coordenadores ministeriais e pelos gestores de cada medida.
O Sistema permite também a emissão de relatórios padronizados e de queries on-line sobre o desempenho por projeto, por Ministério, por eixo, por setor, bem como dos fatores relevantes da implementação e das ações corretivas a encetar.
O Sistema de Monitorização está baseado num modelo concebido e desenvolvido pela LBC sobre software Microsoft e programado pela Novabase.
Ideia mobilizadora
O Plano Tecnológico parte do princípio que, para recuperar terreno, Portugal precisa de evoluir para um novo modelo competitivo, tirando partido da oportunidade de, pela primeira vez na sua história, se posicionar de forma determinante na primeira linha da revolução tecnológica.
O Plano Tecnológico é assim uma ideia mobilizadora, uma agenda de prioridades (112 medidas) e um compromisso político que visa promover o desenvolvimento e a competitividade do país através duma aposta focalizada no conhecimento (38 medidas), na tecnologia (24 medidas) e na inovação (50 medidas).
Aposta em cinco focos transversais de atuação:
- uma base científica e tecnológica reforçada;
- um melhor ordenamento da base competitiva;
- uma administração pública moderna;
- um ambiente favorável aos negócios; e
- uma população qualificada.
10 desafios e soluções
Estas cinco prioridades dão lugar a 10 desafios e soluções que concentram as atenções das 112 medidas:
- Colocar Portugal na primeira linha da cobertura de banda larga;
- Contribuir para que as famílias beneficiem do acesso à sociedade da informação;
- Reforçar a internacionalização do sistema científico;
- Tornar o mercado de emprego mais eficiente;
- Facilitar a relação dos cidadãos com a administração pública;
- Facilitar a relação das empresas com a administração pública;
- Apoiar empresas inovadoras;
- Dotar as empresas de quadros jovens e qualificados;
- Preparar os jovens para a sociedade do conhecimento;
- Requalificar os ativos para melhorar o nosso nível de qualificações.