Para o efeito, conta com a liderança e a capacidade pragmática de inovação de instituições de referência como a Smart Africa Alliance, constituída por 32 países africanos e organizações internacionais de renome como a União Internacional de Telecomunicações (ITU na sigla em inglês).
A adoção de dispositivos inteligentes/smart devices – smartphones, PC e tablets – por todos os africanos é vista como um elemento crítico para se atingir este objetivo da União Africana. Para este efeito, a Smart Africa Alliance adjudicou à LBC a produção do plano de ação para a promoção da adoção de smart devices em África – “Blueprint for Inclusive Adoption of Smart Devices in Africa (2022)” – que será publicado pela Smart Africa Alliance muito em breve.
Um sumário do blueprint pode ser acedido aqui.
O diagnóstico feito pela LBC mostra que capacitar indivíduos e empresas via um programa massivo de promoção da adoção inclusiva de dispositivos inteligentes, complementado pela adoção no setor público, sem uma camada adicional de exclusão aos menos preparados e já desfavorecidos na sociedade, acelerará a transformação digital em África. Não agir não terá um efeito neutro, mas limitador do desenvolvimento. Isto significará disponibilizar smartphones para 765 milhões de pessoas e um acréscimo de 25 milhões de PC, duplicando a taxa de penetração dos PC de 11% para 22%, a preços acessíveis de compra e de uso de internet.
Para este efeito, a LBC definiu um programa com 12 pilares de atuação, 40 recomendações e 60 iniciativas, no âmbito de uma abordagem abrangente e a mobilização e o alinhamento de todas as partes interessadas relevantes.
Em primeiro lugar, é preciso enfrentar o desafio da limitada capacidade financeira da maioria dos cidadãos em África. Para este efeito, foram definidas várias políticas e projetos-bandeira.
Adicionalmente, a adoção inclusiva de dispositivos inteligentes também requer uma base digital composta por quatro pilares: i) infraestrutura digital disponível para acesso à banda larga, ii) permitir regulação que promova estruturas de mercado competitivas caminhando para um mercado digital único, atraia investidores, promova o empreendedorismo e proteja utilizadores em termos de privacidade e segurança, iii) competências digitais que sensibilizam e capacitam cidadãos e empresas, como consumidores e também como produtores, e iv) empreendedorismo criativo que alimenta a inovação e faz as coisas acontecerem, criando novos empregos, aumentando os rendimentos e receita fiscal, e transformando a forma de produzir, consumir e viver.
Para Carlos Valleré Oliveira, managing partner da LBC, “o ritmo da adoção inclusiva de dispositivos inteligentes em África calibrará a velocidade da transformação digital no continente porque é a peça central para toda a interação digital significativa”.