A tecnologia em si só não tem poder de transformação se for implementada isolada de uma estratégia bem guiada. Contrariamente, a tecnologia e os ativos são alavancados por um planeamento aprimorado e verificações regulares de status.
Conhecemos já algumas das vantagens da implementação da Indústria 4.0, como o aumento da eficiência e produtividade, redução de erros, e melhorias de flexibilidade e qualidade. Para além dos benefícios mencionados, a Indústria 4.0 cria também a possibilidade de exploração de novas áreas de negócio. Dessa oportunidade surge a necessidade de definir o balanço do investimento entre inovação incremental e a inovação radical.
- A inovação incremental refere-se a alavancar o modelo de negócio existente, procurando melhorias nos produtos existentes através da construção de capacidades e recursos para gerir o presente (objetivos organizacionais de curto prazo e para fazer face à concorrência atual).
- A inovação radical é mais disruptiva e procura criar novos modelos de negócio, através da inclusão de novas competências técnicas para gerir o futuro (metas estratégicas e vantagem competitiva face a concorrência futura).
Qual é então a direção que deve seguir? Cabe a cada empresa definir a distribuição dos recursos por cada uma destas iniciativas.
Será que deverá ter uma abordagem mais conservadora e apostar mais em inovação incremental? Ou assumir o risco e investir os seus recursos em inovação radical? De modo geral, não há necessidade de alocar todos os recursos numa só abordagem. No final do dia, é melhor encontrar um equilíbrio entre as duas abordagens.