O Governo de Cabo Verde tinha como meta generalizar o acesso no ensino às TIC e à internet. O projeto desenhado pela LBC foi o selecionado, tendo contribuído para mudar o paradigma de ensino na nação.
Arranque
O programa Mundu Novu, que consistiu na introdução de TIC no sistema de ensino cabo-verdiano, foi desenhado pela LBC e teve a sua implementação em 29 escolas do ensino básico e secundário. Em conjunto com este projeto, avançou também a expansão do acesso à internet a todas as escolas do básico, secundário e ensino superior.
Antes do arranque do Mundu Novu a maioria das escolas básicas e secundárias do país não tinha computadores para utilização pelos alunos, e o acesso à internet era muito limitado. A alteração do paradigma de ensino-aprendizagem através das TIC implicou o apetrechar das salas de aula e a promoção do acesso aos computadores pelos diferentes agentes do sistema de ensino como forma de ultrapassar o dividendo digital. Foi o início do processo de transformação, com os professores como facilitadores (tendo recebido formação nesse sentido) e exercícios mais interativos. O novo modelo de educação proposto pela LBC, com conteúdos e métodos modernos, permitiu que a aprendizagem se centrasse nos alunos.
Implementação
O apetrechamento tecnológico fez-se através de duas iniciativas: o kit sala de aula, constituído por um projetor, uma tela, um portátil e colunas; e o kit laboratório de informática, com cerca de 20 computadores e um quadro interativo. Através do projeto-piloto foi introduzido, nas 29 escolas abrangidas, um kit por sala de aula, com o objetivo de melhorar a gestão e promover a utilização das TIC pelos professores, e um kit laboratório de informática para facilitar a aprendizagem das TIC (em 94% das salas das escolas-piloto).
O projeto de infraestruturação das escolas visou ainda potenciar o envolvimento de empresas locais de tecnologias de informação, nomeadamente na distribuição e manutenção dos equipamentos. Foram também criadas acima de 30 Praças Digitais – Konekta, espalhadas pelo país, para acesso gratuito à internet. E foi promovida a mobilização da sociedade civil para o programa através de um conjunto de eventos e fóruns públicos.
A LBC fez também um balanço dos três primeiros anos de implementação do programa, bem como a revisão das linhas de orientação estratégica, a análise de opções para o desenvolvimento futuro, e a definição do plano operacional detalhado com as iniciativas a desenvolver nos cinco anos seguintes, previsão de investimento, definição de responsáveis e de métricas e metas para monitorização. Analisámos ainda o desenvolvimento do cluster TIC em Cabo Verde e do potencial das tecnologias na educação.
Impacto do projecto
No cômputo geral, o Mundu Novu permitiu combater a infoexclusão, possibilitando uma maior igualdade de oportunidades para os cabo-verdianos. Por exemplo, no ICT Development Index (IDI) de 2011, da International Telecommunications Unit - ITU, que mede o desenvolvimento da Sociedade da Informação), Cabo Verde era o quarto país africano melhor classificado, tendo a percentagem de utilizadores de internet subido de 20 para 30% entre 2008 e 2010.
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