O futuro da Administração Pública passa por uma organização mais ágil, focada no cidadão, baseada em dados e inteligência, ancorada por uma infraestrutura tecnológica eficiente e por decisores e funcionários que combinam uma cultura inovadora focada na qualidade do serviço e na sustentabilidade com uma elevada capacidade operacional, no âmbito de recursos limitados e contextos em elevada mudança.
No contexto da Administração Local o desafio da modernidade é mais exigente, devido à maior proximidade com os cidadãos e à multiplicidade de matérias sob gestão. Adicionalmente, cada entidade local tem uma especificidade própria, territorial, sociocultural e económica. Aqui, os desafios da sustentabilidade, da transição digital e da descentralização abrem novas oportunidades que importa endereçar.
Na Administração Central são várias as tendências que se encontram a dar forma à realidade da atuação e da sua relação com o público:
- O serviço público está mais centrado no cidadão
O cidadão está mais informado, conectado e exigente do que nunca e espera uma experiência multicanal, usando os seus canais preferidos, e com os mais elevados padrões de personalização, escolha, velocidade, satisfação e segurança em cada interação. - A governação tornou-se mais ágil através da modernização tecnológica
Exige-se uma maior flexibilidade e uma maior adaptabilidade do setor público nos processos de decisões políticas, na regulamentação, no procurement e na gestão da força de trabalho. É necessário simplificar ainda mais os processos de decisão, automatizar as operações e promover uma cultura de inovação e de adaptabilidade. - A aposta futura é em dados e sistemas cognitivosAs plataformas de dados permitem a rápida e confiável entrega de serviços ao cidadão, e as entidades públicas deverão desenvolver novas estratégias e abordagens para maximizar o valor dos dados em termos de recolha estruturada, agregação inteligente, análise orientada para objetivos concretos, e processamento útil ao cidadão e empresas. É aconselhável acelerar a administração aberta, baseada em dados abertos aos cidadãos e empresas. As resistências culturais à partilha de informação entre organismos e as limitações legais devem ser devidamente endereçadas.
- Procura-se atrair e requalificar a próxima geração de funcionários públicos
A adoção de tecnologias digitais, como portais online e sistemas mais sofisticados baseados em inteligência artificial e deep learning aumentaram a procura por trabalhadores altamente qualificados. A Administração Pública deverá fazer o levantamento das competências necessárias no presente e no futuro, identificar os gaps existentes e previstos e atuar de modo proativo por forma a não se descapitalizar em termos das competências necessárias para servir adequadamente os cidadãos e as empresas.
Implicações para a implementação
De acordo com Margarida Gonçalves, partner na LBC responsável pelo setor público, o PRR – Plano de Recuperação e Resiliência é uma oportunidade que não deve ser desperdiçada na superação destes desafios. Para este efeito, afirma, “é necessário que os projetos não envolvam apenas PMO – Gestão de Projeto, mas também Gestão da Mudança. O PMO apenas garante a execução, mas nada garante em termos de adoção e de impacto. A Gestão da Mudança maximiza o impacto do investimento nos stakeholders”. Neste sentido, a abordagem LBC favorece o binómio gestão do projeto e gestão da mudança.
A LBC conta com a experiência adquirida em mais de 300 projetos na Administração Pública portuguesa Central e Local, no setor público empresarial e nas entidades públicas autónomas. Somos aceleradores da modernização da Administração Pública portuguesa. Fale connosco.